Em meio a pandemia de coronavírus (COVID-19), percebemos como o isolamento social tem mudado a rotina dos brasileiros. Em dezembro de 2019, a cidade de Wuhan, a capital de Hubei, na China, se tornou o epicentro da doença de pneumonia com causa desconhecida. Segundo um artigo publicado na revista científica, The Lancet, o surto provavelmente começou a partir de um evento de transmissão zoonótica associado a um grande mercado de frutos do mar que também comercializava animais selvagens, e assim propiciava o contato de pessoa a pessoa de forma exponente.
Assim, com o aumento no número de casos e a disseminação global do vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro de 2020, que a doença constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, e em 11 de março de 2020 caracterizou a (COVID-19) como uma pandemia.
Isto foi um alerta para que todos os países, sem exceção, adotem ações para conter a disseminação do problema e para cuidar dos pacientes adequadamente, já que a principal preocupação com o avanço da doença nos países, se refere com a sobrecarrega dos sistemas de saúde.
A transmissão se dá com contato próximo a pessoas infectadas, ou meio de sua tosse e espirros pessoa a pessoa. Os sintomas costumam aparecer entre 1 e 12 dias após a exposição ao vírus.
Dentre os sintomas mais comuns estão a febre, o cansaço e a tosse seca. O sintomas mais graves da doença que representam sinal de alarde são a febre alta pneumonia e a dificuldade de respirar. Alguns pacientes podem ter dores, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas não apresentam sintomas e não se sentem mal, definidas como a assintomáticos. A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial.
Uma em cada seis pessoas que recebe COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade em respirar. As pessoas idosas e as que têm outras condições de saúde como pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, têm maior probabilidade de desenvolver doenças graves. Pessoas com febre, tosse e dificuldade em respirar devem procurar atendimento médico.
Como até o momento não há vacinas contra doença, a prevenção se torna o melhor e o principal cuidado para se evitar o vírus. Seja você profissional de saúde ou não, as medidas de higiene se fazem muito necessárias. Mantenha-se sempre informado sobre os últimos desenvolvimentos a respeito da COVID-19 por meios de sites oficiais, seja da OMS ou Ministério da Saúde, e faça o seguinte para cuidar da sua saúde e proteger a dos outros:
- Lave as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool, para matar vírus que podem estar nas suas mãos.
- Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá inspirar as gotículas – inclusive do vírus da COVID-19 se a pessoa que tossir tiver a doença;
- Evite tocar nos olhos, nariz e boca. As mãos tocam muitas superfícies e podem ser infectadas por vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no corpo da pessoa e deixá-la doente;
- Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar (em seguida, descarte o lenço usado imediatamente). Gotículas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus responsáveis por resfriado, gripe e COVID-19;
- Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico. Siga as instruções da sua autoridade sanitária nacional ou local, porque elas sempre terão as informações mais atualizadas sobre a situação em sua área;
- Pessoas doentes devem adiar ou evitar viajar para as áreas afetadas por coronavírus. Áreas afetadas são países, áreas, províncias ou cidades onde há transmissão contínua — não áreas com apenas casos importados;
- Os viajantes que retornam das áreas afetadas devem monitorar seus sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países receptores; e se ocorrerem sintomas, devem entrar em contato com um médico e informar sobre o histórico de viagem e os sintomas.
A OMS recomenda ainda, que em relação ao uso de máscaras, as cirúrgicas sejam usadas por pessoas com sintomas respiratórios, como tosse ou dificuldade de respirar, inclusive ao procurar atendimento médico; por profissionais de saúde e pessoas que prestam atendimento a indivíduos com sintomas respiratório; e profissionais de saúde, ao entrar em uma sala com pacientes ou tratar um indivíduo com sintomas respiratórios.
O uso de máscaras não é necessário para pessoas que não apresentem sintomas respiratórios. No entanto, podem ser usadas em alguns países de acordo com os hábitos culturais locais. As pessoas que usarem, devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção.
Não nos pode faltar neste momento a empatia com o próximo, o discernimento, a prudência, e também o equilíbrio. Assim, certamente seguiremos da melhor maneira possível.
Por: Gabriela Ferreira Nunes e Solange Ap. Mauro Fioresi
Enfermeira e Mestre em Saúde Coletiva
Docente do curso de Enfermagem da FAVENI